Frente em Defesa do Serviço Público organiza agenda de manifestações para 2017

O ano de 2016 fechou com muita mobilização contra propostas do governo relativas ao Funcionalismo Público, Previdência e Ensino Médio. Para que essa mobilização continue e ainda aumente, as entidades e movimentos que compõem a Frente Combativa em Defesa do Serviço Público se reuniram, nesta terça-feira, dia 17, para propor a agenda de manifestações. Março será o mês de partida das atividades, que envolvem apresentações na Saldanha Marinho e terão como principal objetivo informar à população sobre o que realmente são as reformas e que elas afetam fortemente a todos.

Dia 6 de março, quando iniciam as aulas da UFSM, também começam as atividades que vão culminar em um grande ato no dia 21 de março, dia de Combate ao Racismo. O evento deverá reunir estudantes e pesquisadores de Ciências Sociais, Educação Física, Filosofia e Artes (que serão as mais afetadas pela proposta do governo para o Ensino Médio) para fazer atividades e oficinas com o público, à tarde, na Praça Saldanha Marinho. À noite, no mesmo dia, haverá apresentações artísticas de grupos afro intercalados com falas das entidades.

Outras ações que serão feitas são a produção de mais panfletos e também a divulgação em outdoors pela cidade. Ao longo do ano, mais manifestações devem acontecer.

 

Avaliação das ações de 2016 e sugestões para 2017

Com a mediação do professor Júlio Quevedo, presidente da Sedufsm, ATENS/UFSM, Sinprosm, Sintergs, estudantes do Ensino Médio e GT Negros avaliaram as ações feitas no ano passado e fizeram propostas para as manifestações deste ano. “2017 deve ser um ano ainda mais difícil do que o que passou, pois está clara a reforma da previdência, a qual não é deficitária, mas sim altamente lucrativa, bem como a reforma do Ensino Médio que terá como resultado o desemprego dos formados em Ciências Sociais, Filosofia, Educação Física e Artes. Enquanto isso o governo gasta milhões em propaganda para que essas reformas sejam aceitas”, afirmou Quevedo.

As entidades presentes frisaram que a luta feita em 2016 foi muito importante e que abriu os horizontes de muita gente em relação às reformas governistas, porém ressaltaram a dificuldade em se contrapor ao conteúdo que é veiculado na grande mídia e a inércia da população. As ocupações dos estudantes e sua organização também foram ressaltadas como ponto positivo, bem como os panfletos entregues. Os presentes afirmaram que seria interessante ter um discurso curto e coeso que pudesse atingir e esclarecer melhor as pessoas sobre as reformas.

Foi ponto comum entre os presentes que a informação é a melhor arma e que os sindicatos devem informar suas bases para que eles também sejam disseminadores da informação correta.

“Houve um avanço em 2016 com a união entre as entidades, o que potencializou a luta na cidade. Agora temos que encontrar caminhos para abreviar essas medidas do governo. O grande desafio é fazer as pessoas verem como as coisas realmente acontecem e que isso as atinge também”, disse o vice-presidente da ATENS/UFSM, Clóvis Senger durante a reunião.

A próxima reunião das entidades acontece dia 31 de janeiro, às 18h na Sedufsm.

A Frente é composta pela ATENS/UFSM, SEDUFSM, ASSUFSM, SINPROSM, UGEIRM, SINTERGS, SINDICAIXA, SINASEFE (Santa Maria e São Vicente do Sul), IF Farroupilha (Júlio de Castilhos), CPERS, DAO/UFSM, Alicerce, DACS/UFSM, Práxis Coletivo de Educação Popular, Juventude do PT, Frente Brasil Popular, Frente de Luta ‘Autonomia e Resistência’, Conselho Municipal de Saúde.