A ATENS/UFSM convidou filiadas e filiados para discutir a possibilidade de retorno às atividades presenciais na UFSM. O objetivo da reunião era coletar informações sobre como está o funcionamento nos setores e discutir as melhores formas para o retorno, caso se mostre necessário.
A IN 109, a nota divulgada pela UFSM esta semana e a reunião do Conselho do CE com o vice-reitor foram as bases para o debate realizado nesta terça-feira, 17/11, através do Google Meet. A partir desta reunião será elaborado um documento com o posicionamento da ATENS/UFSM.
Um ponto comum ao debate entre os participantes foi que, tanto os números divulgados pela UFSM como pelos relatos dos servidores, a Universidade nunca deixou de atender a comunidade. “A fala que vimos durante a reunião com o vice-reitor é contraditória: como se os servidores não estivessem trabalhando e a comunidade cobrando que estamos levando ‘vida normal’, mas os números apontados pela gestão são de que mais da metade já está em trabalho presencial ou semipresencial. A outra metade segue em trabalho remoto”, afirmou Gléce Kurzawa Cóser, TAE do Centro de Educação.
“A Ouvidoria divulgou que não há nenhum processo sobre falta de trabalho. Todos os documentos estão correndo e o serviço está sendo feito de forma remota ou presencial”, lembrou Lívia Retamoso, arquivista do DAG.
Apesar de ser de forma remota, a UFSM seguiu funcionando durante a pandemia, segundo os participantes, com alunos tendo aula através do REDE, os setores atendendo aos pedidos da comunidade por email, redes sociais e telefone. “O trabalho segue ocorrendo em todos os turnos e, por vezes, até aos finais de semana”, exemplificou Silvane Brand, secretária executiva em Frederico Westphalen.
O administrador Anderson Cardozo Paim lembrou que antes da pandemia havia um pedido da sociedade pela digitalização dos processos na UFSM e que agora com a experiência do Home Office seria um bom momento para desenvolver o trabalho remoto. Tânia Regina Weber e Venice Grings, diretoras da ATENS, também lembraram que essa modalidade de trabalho reduziu custos para a Universidade, mas aumentou os custos para o servidor – situação que precisa ser avaliada.
Em tempos de segunda onda de contágios ao redor do mundo, aumento de casos no Brasil e de setores como o da Justiça Federal de Santa Maria ainda não adotando o retorno presencial, os participantes da reunião acreditam que a UFSM precisa apresentar um plano de segurança antes de pensar em retorno. “A IN 109 é uma norma programática, ela aponta algumas ações que devem ser feitas. A UFSM já as pratica? Há um plano em caso de contaminação quando da volta às atividades presenciais?”, questionou o assessor jurídico da ATENS/UFSM, Giovani Bortolini.
Nériton Porto, da direção do CE, apresentou o documento construído pelo Centro e apresentado durante a reunião com o vice-reitor, no qual são elencados 18 pontos necessários para o retorno. “O documento foi feito com apoio da comissão de biossegurança e aponta que a pandemia não está controlada nem que há garantias de segurança para o retorno além do distanciamento”, comentou Nériton.
Conforme a nota divulgada pela UFSM, 1025 servidores estão em trabalho presencial (22%), 998 em trabalho semipresencial (21%) e 2159 em trabalho remoto (46%). Esse percentual já aponta como cumprida a meta especificada na IN109. A UFSM precisa, segundo os participantes da reunião, sinalizar se consegue atender os itens que a própria normativa exige, oferecendo condições sanitárias necessárias à segurança dos servidores.
Você pode conferir o documento do CE aqui a cartilha de Biossegurança da UFSM aqui e acompanhar a reunião completa abaixo.