Com o objetivo de fortalecer o movimento nacional de servidores públicos, ocorreu nesta semana (de 6 a 8 de agosto) o I Fórum de Relações Parlamentares das Entidades dos Servidores Públicos, em Brasília. O evento, organizado pela Pública – Central do Servidor, visou proporcionar atividades de alinhamento de causas, melhora na eficiência de metas políticas e de carreira, na relação com o Congresso Nacional e requalificação das próprias lideranças.
O fórum preparou os presentes para novas formas e valores na condução das relações parlamentares e públicas, além do planejamento, para realização do trabalho também de forma coletiva e setorial das entidades.
“Uma das questões salientadas pelos palestrantes foi a atuação em conjunto das entidades com uma pauta única para os parlamentares, eles também em bloco”, comentou o presidente da ATENS/UFSM, Clóvis Senger, que esteve no evento junto com a presidente do ATENS Sindicato Nacional, Rosário de Oliveira, e a presidente da ATENS/UFRN, Maria Coeli.
O ciclo de palestras contou com a presença de dirigentes de diversas categorias do DF, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Tocantins e outros Estados. Entre os palestrantes estiveram, por exemplo, o consultor da Transparência Internacional, Guilherme France, que abordou as medidas contra corrupção e novas formas de construir legislação em parceria com a sociedade. Em um segundo momento, o sociólogo e um dos fundadores do Laboratório Hacker na Câmara dos Deputados, Cristiano Ferri, ministrou sua fala sobre o Parlamento Aberto.
O Professor de gestão pública na USP, Fernando Coelho, também participou do evento e palestrou sobre a qualificação da atuação nas relações parlamentares. Além dele, o professor do Ibmec, Eduardo Galvão e a Fernanda Burle, do IRelGov, ministraram um painel sobre as Relações Parlamentares.
Durante as conferências, foi abordado o voto consciente – campanha encabeçada pela Pública de conscientizar os servidores públicos a votar em quem tem compromisso com o serviço público. A Renovação do Congresso Nacional também foi tema de debate: estudos apontam que o máximo de novos parlamentares a assumirem cadeiras será de 10% a 30%.
A reforma da Previdência também foi assunto em voga: ela deverá ser a primeira pauta de deputados e senadores após as eleições. Conforme eles, a luta será com informação para desmistificar os dados repassados pelo governo, muitas vezes maquiados. “Temos que lutar com informação de qualidade, com contrainformação, com dados e pesquisas de estudiosos de renome para desconstruir os dados informados pelo governo em suas campanhas midiáticas”, apontou Clóvis.