Depois de duas plenárias que não aconteceram por falta de quórum (eram necessários 132 delegados/as presentes para abrir a plenária, mas o número não foi alcançado), na última sexta-feira, o congresso estatuinte conseguiu reunir 136 delegados/as para alterar o regimento de forma a viabilizar as reuniões. Com a maioria absoluta presente, foram também votados os seguintes assuntos: eleição da nova mesa diretora e a suspensão das reuniões enquanto as greves e paralisações continuarem.
Nas reuniões anteriores, os presentes manifestaram o desagrado com a situação, principalmente por aqueles que vinham dos outros campi da UFSM. O regimento, porém, previa que as reuniões só aconteceriam com maioria absluta dos pouco mais de 260 delegados/as empossados/as. Nesta reunião, a mesa propôs que as plenárias pudessem ser instaladas com 1/3 dos/as delegados/as.
Durante a discussão da proposta, foi levantada a questão do respaldo político para o congresso de decisões tomadas por menos da metade dos delegados e que as ausências poderiam ser relativas ao momento de lutas pelo qual o país passa. A 1ª secretária, a professora Tatiana Joseph, afirmou que as atas são o respaldo de que as discussões não estavam ocorrendo por falta de quórum. A secretária geral, TAE Gléce Kurzawa Cóser, lembrou que mesmo antes da greve e da ocupação as pessoas já não estavam participando e apontou ainda, que durante as discussões do congresso, poucas vezes as decisões foram homogêneas.
O presidente da mesa, professor José Paiva, afirmou que 34 delegados vieram no dia da posse depois não vieram mais e dos cerca de 260 empossados, apenas 160 compareceram à metade das reuniões. Em outra das reuniões, o professor Luciano Schukc já havia apresentado outro dado: que 62% dos TAE eleitos/as delegados/as compareceram às reuniões, 57% dos/as professores/as eleitos/as haviam com parecido e 35% dos/as estudantes compareceram às reuniões.
Por fim foi aprovado pela maioria a redução do quórum para abertura, instalação e decisão nas plenárias estatuintes.
Quanto à nova mesa diretora, apenas dois cargos tiveram novos candidatos: a vice-presidência e a 2ª secretaria. A vice Márcia Paixão e a 2ª secretária Valsserina Gassen optaram por sair do cargo para poderem participar de uma das comissões temáticas. Assumiram o estudante de Agronomia Hector dos Santos Facco e a TAE Gencie Cezar da Silva, respectivamente. Os restantes membros permaneceram, por votação da maioria.
Em seguida, foi votada a suspensão das atividades do congresso estatuinte que, por maioria, optou por não mais realizar reuniões enquanto seguir o período de lutas contra as medidas que o governo pretende tomar em relação à Educação, Saúde e Previdência públicas.