Entidades representativas da UFSM promoveram plenária unificada na manhã de ontem, quinta feira, 29 de Abril. O evento contou com a presença de representantes da ATENS-UFSM, ASSUFSM, SEDUFSM e DCE.
A conselheira e filiada da ATENS-UFSM, Elisete Kronbauer, destacou em sua fala o impacto da inflação nas perdas salariais dos servidores. Os dados trazidos por ela revelam uma inflação acumulada de 63,64% nos últimos 10 anos, além de outros fatores que afetam os salários, como a contribuição previdenciária, que na maioria dos casos aumentou após a PEC 103/2019 e a defasagem da tabela do IR, que no período de 1996 a 2021 foi de 134,25%.
Nas falas das outras instituições também foram destacados pontos como os cortes nos recursos da UFSM. Nesse sentido a secretária-geral da Sedufsm, professora Márcia Morschbacher, questionou “Estamos voltando ao presencial em que condições?”.
A PEC 32 também foi um ponto levantado durante o evento, já que o projeto não foi arquivado e o ministro da Economia, Paulo Guedes, já sinalizou retomada dele após as eleições.
O representante da Assufsm, Eloiz Cristino, também ressaltou a importância de “unificar a luta” em defesa do serviço público e de cobrarmos da UFSM mais diálogo com a comunidade acadêmica. “Exercer a autonomia de forma democrática é cumprir as prerrogativas constitucionais”, argumentou ele.
Eduarda Trindade, representante do DCE, destacou a importância estabelecer parcerias contra o desmonte dos serviços públicos. Essa parceria entre movimento estudantil e sindicatos garantiu avanços importantes, como por exemplo, o estabelecimento nos conselhos superiores da obrigatoriedade do passaporte vacinal.
O evento encerrou com a certeza de que a união entre as instituições é fundamental para que possamos seguir lutando por ensino superior gratuito e de qualidade na UFSM. Também foi unânime a certeza de que esse foi um primeiro passo importante para a volta das atividades presenciais e que outros eventos devem ser organizados para os próximos meses.